Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



por JQ, em 28.02.15

Is that enough?, Yo La Tengo, 2013

Autoria e outros dados (tags, etc)

por JQ, em 28.02.15

Metabloguice. Descendo, sempre descendo… Qualquer arquitecto, qualquer engenheiro civil, até qualquer empreiteiro de apelido Cunha sabe que não se deve mexer muito nos alicerces de uma casa. Pelo contrário, os alicerces deste blog nunca deixaram de ser movediços. Recentemente, enquanto removia uns e acrescentava outros nomes, reparei nalguns detalhes: a primeira e a segunda colunas foram crescendo de forma quase cronológica, enquanto a terceira e a quarta de modo alfabético. Porquê? Só faço a menor ideia.

 

Na primeira, para além de uma espécie de declaração de independência (a possível), constam também dependências: pessoas que me foram influenciando positivamente, listadas conforme as fui conhecendo (família, infância, adolescência, da juventude até à actual quase provecta idade, os bloggers com que mais gostei de me cruzar e, obviamente, os professores que melhor me ensinaram).

 

O único nome completo é o de um tio, quase substituto pai, porque já falecido; dois nomes apenas representados por iniciais, para preservar a intimidade possível; amigos, de alguns só o primeiro nome, noutros mais a inicial do apelido, pois soar-me-ia quase obsceno identificá-los virtualmente; o desrespeito pelo mesmo princípio quanto aos professores (excepto os dois primeiros, já falecidos, e de quem só recordo o seu primeiro nome, aquele pelo qual faziam questão de serem chamados…), divulgar o seu nome e apelido é quase um serviço público para quem eventualmente puder vir a ter aulas com eles.

 

Alguma tristeza, enfim: actualmente, com a meia dúzia de bloggers listados nessa primeira coluna, não mantenho qualquer contacto, nem sequer virtual, com nenhum deles; quanto ao último amigo, referido nessa mesma coluna, conheci-o há cerca de três anos. A bem dizer, receio perdê-lo de vista e da fala, pois sei bem os óbices deste meu modo, tão irregular quanto abrupto, de telecomunicar. Isto significa que, desde então, tanto virtualmente como em "3D", não me cruzei com mais ninguém capaz de me despertar a mínima vontade de conhecer melhor. Adiante.

 

Na segunda coluna, constam os nomes de músicos de que ainda gosto, agrupados tanto pelo género musical, como pela cronologia do meu conhecimento. Impressiona-me a quantidade de nomes ausentes, o que vem contrariar aquela noção algo comum de que a música ouvida por volta dos 20 anos marca o nosso gosto para o resto da vida. Ceús! A quantidade de lixo fugaz, produzido por gente com poucos dedos, que eu admirava naquela altura. Se ainda hoje (sim, cada vez vez mais um snob do piorio, já quase sem ouvidos para o pop-rock, já  quase só Antena 2 da RDP, canal Mezzo e pouco mais), aqui vão surgindo musiquetas demasiado fáceis, isso deve-se apenas à minha absurda aversão ao intitular posts e ao facto de na música popular serem mais frequentes nomes de músicas que melhor ilustram as palavras de posts subjacentes.

 

Na terceira coluna, além de vídeos indiciadores do meu gosto visual, constam igualmente nomes de escritores/pensadores listados alfabeticamente. Poderia tê-los agrupado doutra forma, por exemplo, género literário ou cronologia das minhas leituras. Mas, se ordenados por afinidades afectivas, teria de colocar no topo Boris Vian, Kurt Vonnegut ou Carl Sagan; se por afinidades electivas, talvez Shakespeare e Camões, Steiner e Bloom, António Franco Alexandre, também.

 

Contudo, se recordar que no último ano o poeta que melhor preencheu as minhas leituras foi um canadiano, ainda com uma obra relativamente curta, chamado Kevin Davies, e que os meus olhos já não conseguem ler muito do que literariamente apreciava há meia dúzia de anos, e ainda menos há um par de décadas, seguir o alfabeto pareceu a solução mais razoável.

 

Da mesma lista constam também quatro "sobretudo músicos" : José Afonso, Bob Dylan, Morrissey e Leonard Cohen. Picuice minha. À excepção do primeiro, musical e literariamente equilibrado, os outros três, creio bem, escrevem melhor do que cantam.

 

Na quarta coluna, a final, onde, recentemente acrescentei mais alguns aos meus pontos de fuga virtual. Poucos se mantêm desde o início deste blog, há quase três anos. Poucos existiriam quando me deixei cativar, há dez anos, por esta lide meio insana. Das quatro colunas, suponho ser esta a mais transitória, o que é natural por ser a mais virtual. Num meio onde quase todos nascem e morrem num piscar de olhos, duas efemérides no Fevereiro último:

 

The Dish , de Andrew Sullivan (co-assinado por mais um par dos seus compinchas), um dos nomes justamente mais célebres da blogosfera em inglês, anunciou o fim da sua actividade enquanto blogger. Foi-o, quase sempre brilhante, durante treze anos. Num dos vários posts de despedida, escreveu entre o mais:

 

I think blogging will have a big revival in the near future. I think the more successful sites will be those with smaller scale and more identity and a stronger connection with readers. I think the individual voice is still the most powerful on the web. And I agree with Nick Denton that blogging is “the only truly new media in the age of the web … Blogging is the essential act of journalism in an interactive and conversational age.” I totally understand what many sites are doing on the social media-sponsored content-Twitter-fueled front. It makes sense on many levels. But my money remains on blogging, even as I’m quitting it.

 

Ainda crente de que um blog (sobretudo nesta plataforma do Sapo, creio bem, a  a mais flexível, a mais moldável e melhor apoiada pela “gerência” das quatro que já experimentei), permite ainda uma maior liberdade de expressão estética e, no seu conteúdo, potencialmente mais substante, encontrei neste parágrafo do Sr. Sullivan, passe a bárbara expressão, too much wishful thinking, talvez compreensível em quem abandona um amor ao fim de treze anos, vivido de forma decerto mais intensa daquela, que nos meus dez anos de bloguice meio receosa do Outro, fui encontrando do outro lado do meu próprio blog.

 

Nem de propósito, uma blasfémia privada: acabei de adicionar à minha lista de links um único twitter, o de John Lurie. No cinema? Produtor, realizador e actor, mas, sobretudo no sentido mais literal do termo, uma criatura única enquanto músico e, após o injusto castigo de uma doença debilitante, um pintor excepcional.

 

Suponho que esta minha impressão não me seja exactamente exclusiva. Ao fim de um par de dezenas de tweets, seja de quem for, também em mim sobrevive (para não dizer “cansaço”, ora, foda-se!, tão omnipresente), a mesma sensação de vácuo, em que muitos esbarramos num qualquer zapping televisívo ou internáutico .

 

Lurie, John, este herói sem aspas da minha juventude, mesmo num esgoto limitado por 140 caracteres, algures entre o humor discorrente e a sua arte, num presente cada vez mais absurdo, transmitindo vai alguma beleza (im)possível.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por JQ, em 24.02.15

 Why Not Smile?, R.E.M., 1998

Autoria e outros dados (tags, etc)

por JQ, em 24.02.15

ardem-me os dentes

entrementes pinto um toulouse 3 – lautrec 2

gosto bastante de ambos os dois

e os bois de um arado no horizonte e depois, aaaaah!

calco a alcatifa p’ra cá e p’ra lá

tanto se m’ dá como se m’ deus

quisera dormir

nove meses e depois parir

um rato trepa o arado

e finca os dentes nos bois

salto no tempo

atravesso jangadas e fornos

dormito nas orlas e como corolas e cornos

os peixes trepam as heras

e voam como um adão de mil parras

sugo escamas de cigarras

viventes nos camaleões dormentes

que entredentes se passeiam na aurora

por dentro e por fora comichões

estou em covil de delinquentes.

 

 

FQ, 2014

Autoria e outros dados (tags, etc)

Outra fábula

por JQ, em 23.02.15

tragedia-sem-fim.png

 

Voz off:

Os salmões, em virtude da sua pertinácia e persistência contra-corrente, sabem-na melhor do que nós: essa história, em que os rios nascem nas montanhas e desaguam no Mar, soa a comédia destinada a vítimas de creche paroquial. A sua versão, escrita por um salmão grego (Demis Roussos, talvez), assegura que o Mar, enfermo de imensidão, cansado de tanta onda para lá e para cá, terá entrado pela Terra dentro, sem pressas, só para espairecer, mudar de paisagem.

 

Certo é que por vezes se erguem barragens e o Mar senta-se ali, manso como um pântano, entre margens e uma parede enorme, que verte águas de quando em vez. Dizem que assim se faz electricidade. Mentira. Trata-se de estática apenas, pois para o Mar terminar os seus dias dentro da Terra são precisos incontáveis acidentes.

 

Noutra versão, porém, o Mar e a Terra perdendo se vão de amores, até surgirem um ou mais rios, os quais podem viver durante milénios ou não, dependendo do ponto em que o amor dos seus pais se perdeu.

 

Antes do resto, uma pausa para perguntar: Quem surge de uma grave paixão, e dela vive rodeado, perdurará mais do que os nascidos da indiferença, sobreviventes da convenção? Guardem-se as respostas dentro de cada um. Ninguém delas fará uso, pois esta tragédia não tem fim.

 

Os antepassados dos actuais habitantes do Norte de África, por exemplo, não devem ter sabido cuidar da terra, já que a água se fartou e simplesmente se foi. Daí que, bisbilhotando um pouco, o Sahara se assemelhe a uma viúva melancólica, árida por fora e por dentro um-nunca-se-sabe.

 

Outra versão desta lenda assegura que nada disto se passou dessa forma. Naquele tempo, Mediterrâneo e Sahara, pouco depois de se conhecerem, imaginaram rios e, logo após, viram pessoas a cercarem os rios e, atrás das pessoas, cimento, asfalto, paralelos, quadrados, cubos infinitos, e ainda redes de esgotos, poços de petróleo, túneis, minas, perfurações várias e outras torturas dignas do Santo Ofício.

 

Desencantados com o futuro desenhado sabe-se-lá-por-quem, decidiram não se multiplicar nem pulular nem coisa parecida. Ficariam lado a lado, enquanto o seu presente durasse. E assim se foram tocando aqui e ali.

 

Hoje, com Sahara a estiolar de desolação progressiva, Mediterrâneo, mesmo sabendo que o seu próprio fim não estará muito longe, continua a seu lado, sem arredar pé. Querendo, poderia escapar por Gibraltar, fugir pelo Atlântico fora, mas não, nem pensar nisso. Depois vinha o Índico, o Pacífico, todos os outros e ainda o Mar da Tranquilidade na Lua e um nunca-mais-parar.

 

E tempo para tudo conhecer? O mais possível nunca bastou. Tudo ou nada, depreendeu dos seus pais, diante da superfície, onde tudo aparenta ser demasiado vasto. Entre tanto ruído, perder-se-ia, decerto, cego pelo vácuo actual.

 

Outra versão defende que em coisas assim, e até nas outras, há sempre demasiadas versões. Por exemplo, há ainda aquela em que

Autoria e outros dados (tags, etc)

por JQ, em 22.02.15

 Lilac Wine, Jeff Buckley, algures em 1994

Autoria e outros dados (tags, etc)

Lilac 9

por JQ, em 22.02.15

Lilac 9 não é só uma cor. É também o nome de uma lua nos arrebaldes da Nebulosa do Caranguejo, encontrada em 1994 pelo defunto Jeff Buckley, entre os acordes da sua versão do original (James Shelton, 1950).

 

Actualmente deserta, já ali houve paisagens muito semelhantes às terras altas da Escócia, onde, num passado não muito distante, deambulavam fantasmas ou humanóides apenas visíveis do pescoço para cima. Perdoe-se-me o empirismo tão básico: para cima ou para baixo, norte ou sul,

 

Leste ou oeste, talvez o detalhe anterior e os seguintes não interessem senão a uma minoria remanescente dos lados de um qualquer dodecaedro: consta que ocupavam o seu tempo deslizando entre encostas, vales e desfiladeiros, em busca da outra metade da sua cara. 

 

Ainda que o resto dos seus corpos repousasse, inerte, em sofás instalados noutra dimensão, aqueles seres, apenas de perfis desfeitos, perdiam-se de e nos amores, na ânsia de se encontrarem entre tampouco, Até que um dia sobreveio o cansaço.

 

Alguns astrofísicos receiam que, por isso mesmo, aquela espécie ter-se-á desvanecido para sempre. Outros, porventura mais estóicos, crêem que Lilac 9 permanece no mesmo lugar sempre relativo, nem sempre paciente, à espera de novos colonos.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por JQ, em 18.02.15

 Among the Sef, Colin Stetson, 2013

Autoria e outros dados (tags, etc)

Uma fábula

por JQ, em 17.02.15

Os tubarões (ou, se preferirem, Elasmobranchii Chondrichthyes Selachimorpha Carcharhinus) costumam viver nas águas mais profundas e escuras. Para eles, é Inverno quase todo o ano. Quando decidem ir apanhar ar à superfície, vão em alcateia. Sem destino à partida, mal os semáforos mudam para o vermelho, ninguém consegue pará-los, transformando o passeio assim a modos que num banquete de vampiros.

 

Neste entre tampouco, uma equipa de idiotas, deveras dedicados ao estudo do seu comportamento, tem vindo a reparar que, por mais frequentes que sejam esses banquetes, a satisfação pós-refeição não parece ser a mesma de há uns anos. Poder-se-á quase concluir que os tubarões não apreciam os açúcares e as hormonas de aviário, cada vez mais presentes nos mais diversos elos da sua cadeia alimentar. Bom, no seguinte, desconsidere, quem puder, a evidente falta de rigor científico:

 

Uma vez, conheci um tubarão da sub-classe Carcharhinus Leucas (se não souberem, perguntem à wikipedia:), sem nada a ver com a sua espécie. Nem sequer participava nas tais excursões vampíricas, pois quase todo ele era feito de letras, sons e outros signos que tais.

 

Nos semáforos, não optava só pelo vermelho. Defeito/feitio dele? Gostava de todas as cores. Desse modo, raramente dava trabalho ao seu aparelho digestivo e tudo isso fazia com que não precisasse daqueles peixinhos parasitas, que se abanam entre os dentes dos outros tubarões, retirando com capricho os detritos que sempre restam depois do festim.

 

Noutra vez, este tubarão conheceu uma tubaroa que também não gostava de ter muitos detritos entre os dentes e, entrementes, afastaram-se do rebanho da sua classe. Pouco a pouco, cada vez mais, em direcção ao além da superfície das coisas, onde passavam o tempo a agarrar o sol e a nadar. Sobretudo a nadar. Sem quase nada sob ou sobre. A nadar sobre tudo, talvez.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por JQ, em 16.02.15

Higher Ground , Stevie Wonder, 1973 (uns anos antes de... enfim, todos sabemos como o Comércio funciona...)

Autoria e outros dados (tags, etc)

por JQ, em 16.02.15

Em abono da verdade mais própria, duvido da Terra, não só pelos vermes, que, na espera do pior de nós, subterrâneos nos habitam. Igualmente duvido do Ar e do Fogo, porque, entre ambos, já vivi o bastante para descobrir o Vazio intermédio, entre elementos tão fátuos, que neles sobrevivem, entre quase três quartos da negra matéria, que de nós só aguarda o Caos. Bom, também duvido das Águas, quando, entre zigue-zagues tão aparentemente naturais, nos conduzem a muros e barragens, artefactos contaminados pela nossa melhor/pior ilusão (a Liberdade ou a Justiça, p.ex.). A bem dizer, duvidando vou de quem nos conduz a becos distantes de qualquer saída. Ingenuidade minha, decerto, mas, por um só momento, gostaria imenso de acreditar na melhor fé de qualquer Outro. Tempo perdido, sei-o bem... 

Autoria e outros dados (tags, etc)

por JQ, em 10.02.15

 A Noite Passada, Sérgio Godinho. 1972

Autoria e outros dados (tags, etc)

Pág. 1/3



Alguns riscos


Indícios?, por demais

um tremendo cansaço

de coisas feias, e daí

sons, diversos traços

caracteres alguns

de um rasto só


Algum tempo:


2017 Janeiro 2016 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro ; 2015 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro ; 2014 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro; 2013 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro; 2012 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho


Junho 2006/Junho 2012

(arquivos não acessíveis

via Google Chrome)


Algumas pessoas:


T ; José Carvalho da Costa, Francisco Q ; Alcino V, Vitor P ; José Carlos T, Fernando C, Eduardo F ; Paulo V, "Suf", Zé Manel, Miguel D, S, Isabel, Nancy ; Zé T, Marcelo, Faria, Eliana ; Isabel ; Ana C ; Paula, Carlos, Luís, Pedro, Sofia, Pli ; Miguel B ; professores Manuel João, Rogério, Fátima Marinho, Carlos Reis, Isabel Almeida, Paula Morão, Ivo Castro, Rita Veloso, Diana Almeida


Outros que, no exacto antípoda dos anteriores, despertam o pior de mim:


Demasiados. Não cabem aqui. É tudo gente discursivamente feia. Acendendo a TV ou ouvindo quem fora dela reproduz agendas mediáticas, entre o vómito e o tédio a lista tornar-se-ia insuportavelmente longa.


Uma chave, mais um chavão? A cultura popular do início deste séc. XXI fede !


joseqcarvalho@sapo.pt


Alguns nomes:


José Afonso ; 13th Floor Elevators, The Monks, The Sonics, The Doors, Jimi Hendrix, The Stooges, Velvet Underground, Love / Arthur Lee, Pink Floyd (1967-1972), Can, Soft Machine, King Crimson, Roxy Music; Nick Drake, Lou Reed, John Cale, Neil Young, Joni Mitchell, Led Zeppelin, Frank Zappa ; Lincoln Chase, Curtis Mayfield, Sly & The Family Stone ; The Clash, Joy Division, The Fall, Echo & The Bunnymen ; Ramones, Pere Ubu, Talking Heads, The Gun Club, Sonic Youth, Pixies, Radiohead, Tindersticks, Divine Comedy, Cornelius, Portishead, Beirut, Yo La Tengo, The Magnetic Fields, Smog / Bill Callahan, Lambchop, Califone, My Brightest Diamond, Tuneyards ; Arthur Russell, David Sylvian, Brian Eno, Scott Walker, Tom Zé, Nick Cave ; The Lounge Lizards / John Lurie, Blurt / Ted Milton, Bill Evans, Chet Baker, John Coltrane, Jimmy Smith ; Linton Kwesi Johnson, Lee "Scratch" Perry ; Jacques Brel, Tom Waits, Amália Rodrigues ; Nils Frahm, Peter Broderick, Greg Haines, Hauschka ; Franz Schubert, Franz Liszt, Eric Satie, Igor Stravinsky, György Ligeti ; Boris Berezovsky, Gina Bachauer, Ivo Pogorelich, Jascha Heifetz, David Oistrakh, Daniil Trifonov


Outros nomes:


Agustina Bessa Luís, Anna Akhmatova, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Bob Dylan, Boris Vian, Carl Sagan, Cole Porter, Daniil Kharms, Evgeni Evtuchenko, Fernando Pessoa, George Steiner, Gonçalo M. Tavares, Guy Debord, Hans Magnus Enzensberger, Harold Bloom, Heiner Müller, João MIguel Fernandes Jorge, John Mateer, John McDowell, Jorge de Sena, José Afonso, Jürgen Habermas, Kevin Davies, Kurt Vonnegut Jr., Lêdo Ivo, Leonard Cohen, Luís de Camões, Luís Quintais, Marcel Proust, Marina Tzvietaieva, Mário Cesariny, Noam Chomsky, Ossip Mandelstam, Ray Brassier, Raymond Williams, Roland Barthes, Sá de Miranda, Safo, Sergei Yessinin, Shakespeare, Sofia M. B. Andresen, Ted Benton, Vitorino Nemésio, Vladimir Maiakovski, Wallace Stevens, Walter Benjamin, W.H. Auden, Wislawa Szymborska, Zbigniew Herbert, Zygmunt Bauman


Algum som & imagem:


Avec élégance

Crazy clown time

Danse infernale

Dark waters

Der himmel über berlin

Forever dolphin love

For Nam June Paik

Gridlocks

Happy ending

Lilac Wine

L'heure exquise

LoopLoop

Materials

Megalomania

Metachaos

Nascent

Orphée

Sailing days

Soliloquy about...

Solipsist

Sorry, I'm late

Submerged

Surface

Their Lullaby

The raw shark texts

Urban abstract

Unter