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[ sons, imagens e palavras nada recomendáveis, deveras pouco legíveis em telemóveis "inteligentes" ]
"Durme", João Paulo Esteves da Silva, em 2007
Sempre fui um puto que dormia, e ainda dormindo vai profundamente, sem quase nunca recordar os filmes que, durante o sono, dizem alguns que, mesmo sem memória deles, ocorrem por cima do pescoço de toda a gente. Daí soarem-me quase exóticas recordações de alguns sonhos meus.
Há várias semanas que sonho com paisagens da minha cidadezinha natal, o que é deveras estranho nesta altura, pois só costumo sonhar com V.C. na última semana antes de lá regressar em migrantes Verões e Natais. Ansiedades familiares, talvez.
Há mais de uma dúzia de anos em Lisboa, há mais de duas dezenas de anos distante do meu rincão natal, soam-me ainda mais esquivos da certeza alguns cenários quase idênticos aos da primeira infância.
Bizarro detalhe: têm surgido, nestes sonhos recentes, algumas "caras" que nunca se assemelham aos meus conterrâneos; ou são completamente irreconhecíveis ou de gente que não cheguei a conhecer em Lisboa. E sei ler claramente porquê. Exactamente, ou quase, o contrário da interpretação mais imediata de tal incongruência.
Moon, turn the tides gently, gently away, The Jimi Hendrix Experience - 1968
“ […] O que é um «clássico»? Qual a força motriz da sua persistência ao longo dos tempos, através das línguas e das sociedades em constante transformação? O que autoriza as batidas da bengala branca do cego Homero na Dublin de Joyce?
Eu defino um clássico, seja na literatura, na música, nas artes ou na filosofia, como uma forma significante que nos «lê». Lê-nos mais do que nós o lemos (ouvimos, percepcionamos). Não há nada de paradoxal, muito menos de místico, nesta definição. De cada vez que entramos nele, o clássico questiona-nos. Desafia os recursos da nossa consciência e do nosso intelecto, da mente e do corpo (grande parte da resposta estética primária, e até da intelectual, é física), O clássico perguntar-nos-á: «compreendeste?», «re-imaginaste com responsividade?»
[…]
Eu defino o clássico como aquilo em redor do qual esse espaço é eternamente profícuo. Exige-nos que tentemos mais uma vez: Faz com as nossas malformações de leitura, as nossas parcialidades e falhas de compreensão não sejam um caos relativista, um «vale tudo», mas um aprofundamento. As interpretações válidas, a crítica quer que deve ser tomada a sério, são aquelas que tornam visíveis as suas limitações e os seus fracassos. Por sua vez, esta visibilidade contribui para que se torne manifesta a inexauribilidade do objecto. A Sarça ardia com mais fulgor justamente porque o seu intérprete não se podia aproximar demasiado dela.
[…]
Kafka proclamou, com a radicalidade que lhe é característica, que não precisamos de perder tempo com os livros que não se abatem sobre nós como uma machada de alpinista, despedaçando aquilo que está congelado dentro dos nossos crânios e espíritos. Os seus próprios escritos justificam este absolutismo. Colocando a questão de um modo mais tranquilo: o grande texto, obra de arte ou composição musical, as «novidades que permanecem novas» (Ezra Pound), não se limitam a pedir uma recepção compreensiva. Exigem reacção. Pedem-nos uma «acção nova»
[…]
Normalmente, o processo de mudança é gradual. Quase que imperceptivelmente, começamos a reparar que o encontro com o texto modificou a nossa experiência de textos anteriores; que já não observamos como dantes objectos ou pinturas conhecidas; que a música tem outro som. Proust é a insuperável testemunha desses terramotos interiores. Se existir em nós disponibilidade espaço suficiente para a maturação, essas transformações na audição, visão e cognição, essas nova aquisições da memória e da aspiração, traduzir-se-ão em acção. O atributo e paradoxo central do clássico residem no facto de os seus mandamentos serem libertadores. O fulcro da resposta, da reacção, é feito de liberdade compulsiva.
[…]
Os custos (lá voltarei) desta prematura incisão do clássico na minha existência têm sido consideráveis. Na música, os meus prazeres incluem efectivamente o ultramoderno, o contemporâneo. As artes mais experimentais e avant-garde – os vitelos esquartejados, os tijolos no chão de museu – deixam-me indiferente. O papel cardinal do efémero, do populista, em media como a fotografia da nossa cultura passou-me completamente ao lado. Agrada-me, ainda que não a tenha propriamente interiorizado, a autoridade do cinema – possivelmente a grande forma do séc. XX. Todavia, estas miopias radicam numa malaise muito maior. Tendo sido instruído desde tão jovem e tão insistentemente na adoração (a palavra não é nenhum exagero) do clássico, comecei a interrogar-me se a nossa presente situação cultural e intelectual não será a de um posfácio, de um epílogo mais ou menos confuso. Surgirão de novo um Platão ou um Mozart, um Shakespeare ou um Rembrandt, uma Divina Comédia ou uma Crítica da Razão Pura? Em termos lógicos a questão é disparatada. O próximo Miguel Ângelo pode nascer amanhã; ou pode estar a nascer hoje, na rua ao lado. Por que não há-de haver um Proust caribenho, um Beethoven africano? Mas acreditamos sinceramente nesse advento? Ou haverá razões para uma sensação de crepúsculo?
[…]
De um modo quase inconsciente, a excelência amedronta. Pouco importa. Uma vez expostos ao vírus do absoluto, uma vez vista, ouvida e «cheirada» a febre daqueles que buscam a verdade desinteressada, algo do seu brilho crepuscular persistirá nos jovens em questão. Para o resto das suas carreiras, provavelmente bastantes normais e insignificantes, para o resto das suas vidas privadas, esses homens e mulheres estarão equipados com uma salvaguarda contra o vazio.”
George Steiner
(excertos de “Errata: An examined life“ - 1997)
I wish I was special
(You're so fucking special)
But I'm a creep, I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here
Creep, Radiohead - 1993
Bitter Sweet Symphony, The Verve, 1997 (crescendo vai o número dos dias em que me apetecia andar assim, derrubando quaisquer obstáculos, mas os limites do meu estatuto profissional e do meu temperamento não mo permitem ; de resto, são já demasiados os que passam vidas a atropelar os outros)
Não entendemos este rapaz. Escrita na fronte, alguma certeza para onde vai; de relance no olhar, um desencanto talvez filho da mãe. Remete, por vezes, para incertas personagens de bodas, uma ou outra de que ninguém sabe se o convite partiu do noivo ou da noiva. Será um mero intruso? Reparamos na sua figura, chamamo-lo para junto de nós e ele vem, enquanto vai debicando pratos e conversas, sem quase nunca ou nada concluir. Atento ao que dizemos, faz-nos sentir especiais. Por momentos, parece que o lugar dele é aqui. Pouco depois, se nos detemos no seu cirandar, duvidamos se ali ou aqui, nunca de lugar, não serão simples advérbios do seu modo. Fará isso com todos? Por natureza, acaso, ou condenação? Bom, não adianta perguntar de onde vem ou convidá-lo para ficar: levamos de troco meio disparate e um sorriso algo tímido. Sorrimos com ele, claro, apreciamos a sua companhia, mas acabamos quase sempre de mãos vazias. Só então, sempre de relance, entendemos o seu olhar.
I suppose love lives in a dustbin behind the garden wall
You have to grovel on the ground and be pretty disgusting
To find it at all
And I suppose that it grows on you, standing there with no clothes on
And I suppose because there's beautiful girls in this town
I'll stay here till I've chosen one
I suppose life's like a hunt, really: the hounds have fun until the fox gets bagged
And not one girl in this town will ever fall in love with me
They'll get dragged
Her heart speaks to me, says the room the room the room
Beneath her dress, and I suppose that it beats for me
Like a hammering moon pulling tides through her chest
[ ... censura …:]
It seems to me, I suppose, that her heart's not enough
And her love is a swizz
So suppose love lives in a mansion
How the hell do I get over the wall?
And if my rope's not stretched the right tension
I won't cross this Grand Canyon at all
And I suppose that it grows like a tumor
Spreads like a rumor
Like the grass grows an inch every day
And I suppose that, before I even know it, the tide will start flowing
And the drum beneath my jacket will say:
You know you need her everyday
[ ... censura …:]
Hammering Heart, Del Amitri, 1985
Friday I'm In Love, versão dos Yo La Tengo em 2015 (original: The Cure, 1992)
Tenho sonhado ultimamente com a minha cidadezinha natal, o que é deveras estranho nesta altura. Sempre fui um puto que dormia, e ainda dorme profundamente, sem qualquer memória dos filmes que, durante o sono, dizem que ocorrem na carola de toda a gente. Daí ser quase exótico recordar-me de sonhos.
*
Há mais de uma dúzia de anos em Lisboa, há mais de duas dezenas de anos distante desse meu rincão natal, são ainda mais esquivos da certeza alguns cenários quase idênticos ao das minhas primeiras décadas de vida.
*
A Ciência actual, muito anglo-saxónica, diz-nos que devemos supor que talvez só existam passados imperfeitos (sempre “past tense”, nunca “presente mais-que-perfeito”). No meu caso, mantenho um só par de razões, sobretudo familiares, para, em função de alguma ansiedade, sonhar negativamente com V.C.
*
Mais um filme? Um doc, no presente caso. Na minha cidadezinha natal (excepto entre os mais pobres… exceptuando meia dúzia de crimes arquitectónicos do pós-25 de Abril… o seu primeiro responsável, que eu saiba, mantém um bom tacho numa petrolífera qualquer) foi crescendo uma espécie de oásis urbanístico, um sítio talvez confortável para viver, mercê do bom gosto de um arquitectozinho arrogante, talvez feliz vítima de uma educação neerlandesa, e, claro, de um autarca, daqueles de perduram demasiado em democracias precoces, também feliz vítima de uma noção quase tradicional do que algum urbano conforto poderia valer.
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Nisto, em mim, não resiste qualquer pudor. Precisei viver noutros sítios bem mais feios para pressentir a diferença. Reconheci, uns anos após ter fugido de V.C., o valor desse autarca, no seu bem disfarçado jeito enquanto “ditador esclarecido”. Se só ontem reconheci e hoje reconheço nele algum valor, amanhã só desejarei que a maior parte dos meus contemporâneos não precise da lucidez de alguns ditadores aparentemente “democráticos”.
*
A sério, é forçoso que cada um pense por si só, sem o ruído de intermediários.
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Não nasci ontem. Desde que me lembro de mim, sempre tive uma horrível facilidade em interpretar textos e discursos, mesmo quando não literários. Nunca tive dinheiro para comprar os livros que devia. (Bolas, eram, são tantos! Sempre grato ao favor sem preço, durante a minha infância e puberdade, aos furgões, às itinerantes bibliotecas da Fundação Gulbenkian).
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Do outro lado, as bibliotecas universitárias, que, por razões decerto sanitárias, nunca me deixaram fumar durante a leitura. Ei! Nisso tudo bem. A saúde física vale quase sempre a pena. Mas e após…
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Ok, bye, bye, leituras obrigatórias. Nem imaginam como driblei testes e frequências universitárias através de fintas de alguma imaginação. De início, a quantidade de “17’s” assustou-me. Eram demasiados. Não passo de um idiota. No meu turismo mais natural, francamente desprovido de qualquer interesse académico, juro que cheguei a perguntar a meia-dúzia de professores e professoras mais queridos/as: “17, outra vez?! Pelo que escrevi, talvez apenas um 14, um 13, talvez!, tenho a certeza de que me faltou tanto por dizer"
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Nem imaginam o que ouvi, de alguns profes que ainda tanto admiro, sobre algum exagero nas minhas notas públicas, comparativamente às "notas mais privadas!"
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Claro que entendo o pragmatismo contemporâneo, enquanto noção útil para a quotidiana vida das gentes. Perdoem-me, se puderem, mas de quase tudo que essa malta, decerto bem intencionada (ok, quase nenhuns :), preferindo vou o que a Ilusão, mesmo escondendo, revelando vai.
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(LOL, mais um post do meu umbigo,
por eliminar ou completar nos próximos dias…
sabem que menos, hoje já quase ninguém diz “LOL”,
descobri há pouco a moda actual: “LMAO”
ou seja, “Laughing My Ass Out”…, bom,
evitem pedir-me a tradução de verdades alheias :)
"Sketches From Frank Gehry", Sydney Pollack, 2006 (uma opinião avulsa?: curiosa em Gehry a tendência para justificar "o seu modernismo" com referências musicais, literárias e arquitectónicas quase só "pré-modernas"... :)
P.f., não metam Freud nisto: sempre detestei qualquer excesso de linhas rectas, tanto no desenho como na música, até na arquitectura de qualquer edifício ou pensar.
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Perguntem ao vosso ainda unívoco Deus: por que raio, após um criativo/adâmico início, tão pleno de ângulos rectos (oh, tão “Macho Men”, no pior “Village People” sentido da coisa), decidiu criar mulheres (oh, que horror! :), criaturas bem mais belas, “mais redondas”, talvez mais próximas da natureza deste Universo?
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Um destes dias tive a sorte de agarrar, num raro doc televisivo, a demonstração de que uma linha recta (no âmbito de um plano inclinado) nem sempre é o caminho mais curto entre dois pontos. O assunto era matemática, mas trata-se de música, n´é?
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Parece que um jovem matemático italiano (cujo nome, desafortunamente, não fixei), da 2ª metade do séc. XVII terá enviado uma dúzia de cartas a renomados matemáticos do seu tempo, com um desafio só aparentemente simples.
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Premissa - dois objectos idênticos (esféricos, de preferência, ok, um par de bolas...) em dois planos inclinados paralelos, ambos com os mesmos pontos de partida e chegada; um numa linha recta, outro numa linha curva (sendo esta, obviamente mais longa). Questão plena de "malandragem": qual delas seria o trajecto mais rápido?
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4 dos 12 terão respondido acertamente. 2 deles, Isaac Newton e Gottfried Leibniz, quase absolutos gémeos/rivais antes, durante e depois disso, nunca mais se terão conciliado. O assunto era matemática, mas trata-se de música, n´é?
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Ainda preso numa quase animal aversão à dor e a hospitais, avesso a cilícios sonoros como 99% do heavy-metal, talvez 89% do hip-hop, bem mais do que 79% do chamado “indie-pop” actual…
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Talvez seja impossível, até para um marginal telecomunicativo ou televisivo ou radiofónico, conseguir sintonizar permanentemente o canal Mezzo, a Antena 2 da RDP, só como exemplos maiores, das escolhas musicais de que dispondo vou (ei!, já experimentaram o ´blogspot “Arpose”´?)…
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Sem remissão possível, um moicano (repito-me: raramente telecomunicativo, i.e, electrónico, televisivo ou radiofónico) acaba por se obrigar/ser obrigado a atravessar desertos contemporâneos, em busca de oásis em vias de extinção. A TV por cabo, quase sempre cu-axial, por exemplo.
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Outro exemplo?: Um destes dias, quase juraria ter tele-visto/ouvido o saudoso David Attenborough dizendo que, chiça!, 80-90% das flores existentes neste planeta pertencem às famílias das simultaneamente mais bonitas e mórbidas orquídeas.
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(Auto-ironia: oh, será que, mesmo que tão numerosa, gostaria de pertencer a uma família assim quesilenta, tão mal-cheirosa… só por isso terei vindo para Lisboa? :)
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Assim, de repente, como que brincando com o meu passado, pensando no exagero de plátanos (uma árvore aparentemente aborrecida e aborrecente) existentes na minha cidadezinha natal:
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Sim, durante a adolescência, também consciente do défice de petúnias, na escassez de líri(c)os gladíolos e por aí fora ou dentro, reservando para mim o distante benefício doutras flores, desde que raras. Nisto, bem sei que recluso, entre ideias, floras, zoofilias e lugares demasiado comuns, tento permanecer fora de prazo.
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A sério, durante a minha puberdade, calhou ter provavelmente lido bem mais do que a maior parte do meu escalão etário, mas seria deveras péssimo servir-me de qualquer “mais meu” como argumento de autoridade.
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Por mais que eu me esforce por não frequentar sítios e tempos comuns entre mim e quem já me conheceu, há uns largos meses, calhou cruzar-me com um antigo colega, que, quando o conheci na FLUL, insistia que eu deveria publicar “em papel” (só por isso, passe a boa-fé inclusa, um “chato do caraças”)
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Um dos “piores sacanas possíveis" (brinco, claro: “bloquista”, mas, apesar dessa sua condição, para mim tão dúbia, continua horrivelmente tão adorável como uma boa parte dos monárquicos que tive a fortuna de conhecer…).
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Em plena Baixa alfacinha, servindo-se de uma expressão que eu, há um par de anos, lhe repeti, disparou, com um sorriso “empaticamente assassino”: “As árvores, contigo, podem continuar a dormir descansadas? :)
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(Urgh!, apeteceu-me bater-lhe... claro que nunca :). Este “semi-real/semi-caviar sacana” confrontou-me (ora bolas, sei bem que apenas tentou suscitar em mim um empático sorriso), provocando-me com “a verdade possível”, outro conceito que, sempre disso desconfiando, defendendo vou diante de quem mais gosto.
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Durante algumas décadas de subvida, após tanto eucalipto em redor, apenas ficou mais claro que o que mais vale – um só carvalho, por exemplo - talvez perdure mais do que qualquer floresta. Convenho, quase nunca não.
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Acredite-se, ao menos nisto: mesmo quando quase todos que valorizo esmorecendo vão, uns poucos de vós, num misto de ciência e boa-fé, vão-se esforçando por levar esta humana arca ao melhor porto possível (quem?, conheci uns poucos, mas não são famosos:).
*
Bolas!, alguns de vós talvez nem imaginem quanto aprecio a maior parte da vossa vós (cambada de piratas e marginais sem dó :). Desculpem-me a discrição. Ainda bem que persistem.
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Eu já não, obviamente. Auto-ironia: é tão confortável ser céptico ou cínico, envolto num qualquer vácuo, desses tantos, à solta por aí fora, talvez demasiado "dentro de mim”, talvez, apenas por isso, só virtualmente distante de vós.
Indícios?, por demais
um tremendo cansaço
de coisas feias, e daí
sons, diversos traços
caracteres alguns
de um rasto só
Algum tempo:
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