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Abril ? (no meu misturei um azul quase plúmbeo, pouco celeste, um castanho algo podre, um verde quase ausente, um vermelho de tanto sangue distante, talvez desnecessário, mas ainda presente; talvez um futuro um pouco melhor)

por JQ, em 25.04.16

Abril.jpg

 

 

Lisboa, Abril 2016 / B Fachada: Charlatão + É Normal

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Coisas de Abril

por JQ, em 25.04.16

É, para mim, incontornável que, em 25.4.1974, se perderam meia dúzia de coisas e, desde então, se alcançaram inúmeras dúzias de outras, sobretudo coisas. Entre ganhos e perdas de coisas e valores, permita-se às gerações futuras uma avaliação mais objectiva, pois vai sempre haver quem vai dourar esse e outros passados, apresentando-o, no seu todo, como melhor do que o presente. Contra mim digo: sobretudo pictóricos e musicais, por vezes literários, mas não só - suspeito de passados na minha memória, de que não quero nem preciso libertar-me. Fazem parte de mim (oh, tão emocional :). Ora bolas, adiante. Tentando ir mais além da minha subjectividade:

 

Das coisas que não mudaram assim tanto, uma tem a ver com a origem social, agora mais diversa etnicamente, da população prisional. Cruzo-me diversas vezes por mês com a fila de visitantes à entrada do talvez maior E.P. do país, donde é fácil deduzir que a grande maioria dos seus familiares presos, sejam brancos, negros ou ciganos, continua a provir dos estratos sociais mais pobres. Das coisas que mudaram para melhor, aí vai uma lista (incompleta) de presos políticos libertados em 26 e 27.4.1974.

 

Do forte de Caxias: Abel Henriques Ferreira, Acácio Frajono Justo, Albano Pedro Gonçalves Lima, Álvaro Monteiro Rodrigues Pato, Amado de Jesus Ventura Silva, António Luís Cotri, António Manso Pinheiro, António Manuel Gomes Rocha, António Pinheiro Montero, António Vieira Pinto, Armando Mendes, Carlos Alberto da Silva Coutinho, Carlos Biló Pereira, Carlos Manuel Oliveira Santos, Carlos Manuel Simões Manso, Ernesto Carlos Conceição Pereira, Eugénio Manuel Ruivo, Ezequiel Castro e Silva, Fernando Piedade Carvalho, Fernando Domingues Roque, Fernando José Penim Redondo, 22 Fernando Nunes Pereira, Fernando Pinheiro Correia, Figueiredo Filipe, Henrique Manuel P. Sanchez, Hermínio Palma Inácio, Horácio Crespo Pedrosa Faustino, Ivo Bravo Brainovic, João Boitout de Resende, João Duarte Pereira, João Filipe Brás Frade, João Pedro de Lemos Santos Silva, Joaquim Brandão Osório de Castro, Joaquim Gorjão Duarte, José Adelino da Conceição Duarte, José Alberto Costa Carvalho, José Casimiro Martins Ribeiro, José Ferreira Fernandes, José Luís Saldanha Sanches, José Manuel Martins Estima, José Manuel Tengarrinha, José Oliveira da Silva, José Rebelo dos Reis Lamego, Liliana de São José Teles Palhinhas, Luís Filipe Rodrigues C. Guerra, Luís Manuel Vítor dos S. Moita, Manuel Gomes Serrano, Manuel José Coelho S. Abraços, Manuel Martins Felizardo, Manuel Miguel Judas, Manuel Policarpo Guerreiro, Manuel Santos Guerreiro, Marcos Rolo Antunes, Margarida Alpoim Aranha, Maria Fátima Pereira Bastos, Maria Elvira Barreira Ferreira Maril, Maria Fernanda Dâmaso de Almeida Marques Figueiredo, Maria Helena Neves, Maria Helena Vasconcelos Nunes Vidal, Maria Manuela Soares Gil, Maria Rodrigues Morgado, Maria Rosa Pereira Marques Penim Redondo, Maria Ventura Henriques, Maria Vítor Moita, Mário Abrantes da Silva, Mário Vítor Sena Lopes, Mateus Branco, Miguel António Jasmins Pereira Rodrigues, Norberto Vilaverde Isaac, Nuno Teotónio Pereira, Orlando Bernardino Gonçalves, Pedro Mendes Fernandes Rodrigues Filipe, Rafael dos Santos Galego, Ramiro Antunes Raimundo, Ramiro Gregório Amendoeira, Ramiro Morgado, Vítor Manuel Caetano Dias, Vítor Manuel Jesus Rodrigues. Hospitalizados: António Dias Lourenço, José Alves Tavares Magro, Miguel Camilo, Rogério Dias de Carvalho.

 

Do forte de Peniche: Ângelo Veloso, António Cândido Coutinho, António Gervásio, António Gonçalves Tomás, António Metelo Perez, Carlos Cardoso Gonçalves, Carlos Domingos Soares da Costa, Carlos Saraiva da Costa, Dinis Miranda, Filipe Viegas Aleixo, Francisco Manuel Cardoso Braga Viegas, Francisco Martins Rodrigues, Garcia Neto, Horácio Rufino, João Duarte de Carvalho, João Eurico Bernardo Fernandes, João Pulido Valente, Joaquim Duarte «Alfaiate», José Brasido Palma, José Manuel Caneira Iglésias, José Pedro Correia Soares, José Simões de Sousa, Licínio Pereira da Silva, Luís Filipe Fraga da Silva, Luís Miguel Vilã, Manuel Drago, Manuel Pedro, Nelson Rosário dos Anjos, Pedro Campos Alves, Pedro Mendes da Ponte, Raul Domingos Caixinhas, Rui Benigno Paulo da Cruz, Rui d'Espinay, Rui Teves Henriques, Sebastião Lima Rego.

 

Por não ter encontrado fonte, não constam aqui os libertados do campo do Tarrafal em 30.4.1974. Com um atraso de 42 anos, a minha gratidão para todos eles.

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Pena de vida

por JQ, em 25.04.16

 

Eu assinei a pena de vida / sou a favor da pena de vida / se o sujeito cagou / pisou na bola / tem que resolver aqui / não pode sair fora / tem que encarar / cara a cara / cortou o barato / paga caro / mas paga vivo / e vai correr, correr / correr,correr / e vai correr perigo / sabendo que comprou / uma carteira permanente de inimigo

 

Pena de Vida - Pedro Luís & A Parede (1997)

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Um enorme "foda-se" diante de todas as mortes prematuras

por JQ, em 22.04.16

 “But life is just a party and parties aren’t meant to last”

Prince: 1999 + Sometimes It Snows In April (pouco a pouco, de modo quase imperceptível, a passagem do meu tempo foi-me distanciando do pop, do funk e até da soul, mas nunca deixei de ouvir a música deste gajo ; apesar da minha crescente desconfiança dessas três gavetas sonoras, onde é tão fácil começar e acabar banal, ele raramente o foi)

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por JQ, em 17.04.16

George Carlin sobre a pena de morte (o 1º "botão" no canto inferior direito disponibiliza legendas em Inglês)

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Uma amostra do bestiário "humano" ? (por vezes, demasiadas vezes, recebo mails assim da Amnistia Internacional)

por JQ, em 15.04.16

Se 1.634 pessoas executadas pelos seus próprios Estados lhe parece um número elevado, importa dizer que estes são apenas os dados apurados pelas nossas investigações. Desconhecemos, por exemplo, a situação real na China, uma vez que a pena de morte continua a ser um segredo de Estado. E, lamentavelmente, estimamos que tenham sido executadas milhares de pessoas só neste país.

 

É um aumento dramático das execuções: 1.634 pessoas representam mais de 50% em relação a 2014 e é o número mais elevado que registámos nos últimos 27 anos.

 

Como revela o nosso Relatório Anual sobre a Pena de Morte em 2015, os principais executores são, por esta ordem: China, Irão, Paquistão, Arábia Saudita e Estados Unidos. Decapitação, enforcamento, injeção letal e fuzilamento são práticas perturbantes, que se mantêm e que foram aplicadas em 25 países.

 

Os principais responsáveis pelos números alarmantes registados em 2015 são o Irão, o Paquistão e a Arábia Saudita. Todos eles executam frequentemente pessoas na sequência de julgamentos injustos e de condenações por crimes como narcotráfico, corrupção, "adultério" e "blasfémia".

 

Porém, há motivos para termos esperança! Os Estados Unidos da América registam o nível mais baixo de execuções dos últimos 24 anos. Pela primeira vez, uma maioria dos países no mundo (102) já aboliu a pena de morte, em resultado de mais quatro Estados – Fiji, Madagáscar, República Democrática do Congo e Suriname – terem removido totalmente das suas leis esta forma cruel e desumana de punição. No total, são 140 países em todo o mundo, que, na lei ou na prática, são abolicionistas.

 

Para terminar, deixo um desafio. Vamos começar, hoje mesmo, a lutar para pôr fim à pena de morte em 2016?

 

Saman Naseem está condenado à morte no Irão após uma confissão obtida sob tortura. Tinha apenas 17 anos quando foi detido. Devido à pressão internacional, as autoridades autorizaram um novo julgamento, mas estão a coagi-lo a gravar um vídeo que, acredita-se, seja para confessar um crime que diz não ter cometido. Assine aqui a petição e reencaminhe este email aos seus amigos e familiares.

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por JQ, em 10.04.16

excerto de "Roma" - Federico Fellini, 1972 

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Reflexões ociosas

por JQ, em 10.04.16

Prisons are built with stones of law; brothels with bricks of religion”, escreveu William Blake por volta de 1790, onde, próximo do gnosticismo, é manifesta a sua desconfiança do Vaticano e da Igreja Anglicana do seu tempo. Especulando um pouco, porque me apetece e por ser Domingo, creio já terem decorrido séculos suficientes para trocar as voltas ao conceito, estendendo-o ao interior de cada um. Sempre ignaro de alguma noção do Todo posso estar, mas pressinto, suspeito d'algo, maior do que a triste insignificância do meu ser.

 

Diria antes: “Laws are built within prison stones; religion within bricks of brothels”, pois só alguém vítima de uma prisão física ou mental se daria ao trabalho de derrubar ou erigir leis, tal como na ausência da noção de culpa ou pecado talvez ninguém se lembrasse de criar ou aderir a religiões organizadas. Bom, mesmo não aceitando essa visão como definitiva, tudo isso é compreensível. Nem sequer é preciso buscar no youtube por “monkey thieves”.

 

Eu, tu, o vizinho do lado, uma boa parte dos que podem cometer crimes/ilegalidades/imoralidades vão cometê-los. Talvez seja "uma coisa apenas macaca”. Alguém recorda docs do género?: ¨Quando um macaco pode roubar, rouba”. Tentando esquecer alguns milhares de fdp’s usufrutuários de offshores, dos sete biliões de macacos actualmente orgulhosos da sua “superioridade” poucos vivem num paraíso terrestre. Tão básico quanto isto: quem puder fugir aos impostos, foge.

 

O que acima subjaz não chega a ser exactamente humano nem forçosamente divino. Trata-se apenas de Física: um movimento em determinado sentido provoca necessariamente um movimento no sentido oposto. Assim como nos rios existem correntes e revessas, na electricidade pólos negativos e positivos, neste universo matéria e anti-matéria e dentro de cada um impulsos contrários. Talvez só assim “as coisas” deste mundo se aguentem de pé, suspeito.

 

Não é preciso escavar muito na História para concluir que as sociedades que tentam ser “unívocas”, eliminando ideias antagónicas, costumam perecer vítimas da estagnação, e se gramaticalmente uma frase funciona bem mal com demasiadas adversativas, uma ideia sem o seu reverso pode falecer incompleta. Desta, desejo eu, talvez sobreviva a seguinte:

 

Aceitar que o mundo, as sociedades e os indivíduos são como são, funcionam assim e sempre vão funcionar, apesar de perfeitamente racional e talvez absolutamente certa, pode tornar-se ineficaz. Alguma ilusão (ora bolas, cambada de idiotas fundamentalistas, nunca a rama mais literal, apenas o sumo da gnose cristã…) é precisa.

 

Mesmo que muito disso, antes e após desses disparates, a que só acrescentámos a pior noção do nosso caos mais íntrinseco, pouco de útil resulte dos instintos predatórios de alguns ocidentais, nados e criados numa ontologia judaico-cristã, basta reparar na miséria e desigualdades materiais absurdas, sobretudo em África e na Ásia, algo delas sobreviventes em sociedades mais contemplativas. Seja, ou já nem isso. De volta ao pântano incluso em “The Marriage of Heaven and Hell”, de William Blake, mais um par de verdades...:

 

Opposition is true Friendship […] The man who never alters his opinion is like standing water and breeds reptiles of the mind

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Entre fés e fezes (breviário ilustrado de um caminho entre des/crenças)

por JQ, em 06.04.16

Church of the poison mind, Culture Club

(já andei por aí, claro, mas, entre tão pouco, depois cansei-me...)

 

Auguries of innocence, William Blake por Laura Perrudin

(... devo ter recordado algo do início/fim provável de tudo isto...)

 

Entre dos tierras, Héroes del Silencio

(... então, perdi-me entre dí/dú/vidas próprias e alheias...) 

 

I'm in your church at night, Active Child

(... será que algum dia me/te vou reencontrar? :) 

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Da minha Páscoa (sim, primavera, morte e ressurreição, desta vez tão cordatas, incluindo, "de passagem", uma quase blasfémia, após ter recentemente descoberto um surpreendente “sinal +” num apelo ao que julgava longe de mim)

por JQ, em 06.04.16

Os poetas antigos animavam todas as coisas com deuses e génios, nomeando-os e adornando-os com características dos bosques, rios, montanhas, lagos, cidades, nações e o que mais pudesse amplificar aquilo que os seus inúmeros sentidos conseguiam pressentir. Mais especificamente estudaram o espírito de cada cidade e país, situando-os sob qualquer divindade mental, até que um sistema se formou e tirou partido destas debilidades, tentando escravizar os mais simples através da concretização ou abstracção de objectos. Assim foi o início das Igrejas [organizadas]: partindo de contos poéticos, foram escolhendo diversos modos de adoração. Deste então, foram jurando que os deuses assim o tinham ordenado. Assim fomos esquecendo que qualquer divindade reside dentro de cada um.

 

“The Marriage of Heaven and Hell” (excerto, ca. 1790)

- William Blake (1757 - 1827)

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Alguns riscos


Indícios?, por demais

um tremendo cansaço

de coisas feias, e daí

sons, diversos traços

caracteres alguns

de um rasto só


Algum tempo:


2017 Janeiro 2016 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro ; 2015 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro ; 2014 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro; 2013 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro; 2012 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho


Junho 2006/Junho 2012

(arquivos não acessíveis

via Google Chrome)


Algumas pessoas:


T ; José Carvalho da Costa, Francisco Q ; Alcino V, Vitor P ; José Carlos T, Fernando C, Eduardo F ; Paulo V, "Suf", Zé Manel, Miguel D, S, Isabel, Nancy ; Zé T, Marcelo, Faria, Eliana ; Isabel ; Ana C ; Paula, Carlos, Luís, Pedro, Sofia, Pli ; Miguel B ; professores Manuel João, Rogério, Fátima Marinho, Carlos Reis, Isabel Almeida, Paula Morão, Ivo Castro, Rita Veloso, Diana Almeida


Outros que, no exacto antípoda dos anteriores, despertam o pior de mim:


Demasiados. Não cabem aqui. É tudo gente discursivamente feia. Acendendo a TV ou ouvindo quem fora dela reproduz agendas mediáticas, entre o vómito e o tédio a lista tornar-se-ia insuportavelmente longa.


Uma chave, mais um chavão? A cultura popular do início deste séc. XXI fede !


joseqcarvalho@sapo.pt


Alguns nomes:


José Afonso ; 13th Floor Elevators, The Monks, The Sonics, The Doors, Jimi Hendrix, The Stooges, Velvet Underground, Love / Arthur Lee, Pink Floyd (1967-1972), Can, Soft Machine, King Crimson, Roxy Music; Nick Drake, Lou Reed, John Cale, Neil Young, Joni Mitchell, Led Zeppelin, Frank Zappa ; Lincoln Chase, Curtis Mayfield, Sly & The Family Stone ; The Clash, Joy Division, The Fall, Echo & The Bunnymen ; Ramones, Pere Ubu, Talking Heads, The Gun Club, Sonic Youth, Pixies, Radiohead, Tindersticks, Divine Comedy, Cornelius, Portishead, Beirut, Yo La Tengo, The Magnetic Fields, Smog / Bill Callahan, Lambchop, Califone, My Brightest Diamond, Tuneyards ; Arthur Russell, David Sylvian, Brian Eno, Scott Walker, Tom Zé, Nick Cave ; The Lounge Lizards / John Lurie, Blurt / Ted Milton, Bill Evans, Chet Baker, John Coltrane, Jimmy Smith ; Linton Kwesi Johnson, Lee "Scratch" Perry ; Jacques Brel, Tom Waits, Amália Rodrigues ; Nils Frahm, Peter Broderick, Greg Haines, Hauschka ; Franz Schubert, Franz Liszt, Eric Satie, Igor Stravinsky, György Ligeti ; Boris Berezovsky, Gina Bachauer, Ivo Pogorelich, Jascha Heifetz, David Oistrakh, Daniil Trifonov


Outros nomes:


Agustina Bessa Luís, Anna Akhmatova, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Bob Dylan, Boris Vian, Carl Sagan, Cole Porter, Daniil Kharms, Evgeni Evtuchenko, Fernando Pessoa, George Steiner, Gonçalo M. Tavares, Guy Debord, Hans Magnus Enzensberger, Harold Bloom, Heiner Müller, João MIguel Fernandes Jorge, John Mateer, John McDowell, Jorge de Sena, José Afonso, Jürgen Habermas, Kevin Davies, Kurt Vonnegut Jr., Lêdo Ivo, Leonard Cohen, Luís de Camões, Luís Quintais, Marcel Proust, Marina Tzvietaieva, Mário Cesariny, Noam Chomsky, Ossip Mandelstam, Ray Brassier, Raymond Williams, Roland Barthes, Sá de Miranda, Safo, Sergei Yessinin, Shakespeare, Sofia M. B. Andresen, Ted Benton, Vitorino Nemésio, Vladimir Maiakovski, Wallace Stevens, Walter Benjamin, W.H. Auden, Wislawa Szymborska, Zbigniew Herbert, Zygmunt Bauman


Algum som & imagem:


Avec élégance

Crazy clown time

Danse infernale

Dark waters

Der himmel über berlin

Forever dolphin love

For Nam June Paik

Gridlocks

Happy ending

Lilac Wine

L'heure exquise

LoopLoop

Materials

Megalomania

Metachaos

Nascent

Orphée

Sailing days

Soliloquy about...

Solipsist

Sorry, I'm late

Submerged

Surface

Their Lullaby

The raw shark texts

Urban abstract

Unter