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por JQ, em 31.01.17

 

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por JQ, em 31.01.17

Francamente, não entendo tantas dezenas que querem ser meus amigos (por que raio, caramba, quando eu nunca vou conseguir ser vosso amigo... a tempo inteiro) 

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Ainda falo, acho que sempre falei, de "um amor por/para dentro"

por JQ, em 20.01.17

"O Monstro Precisa de Amigos" (Fim da Canção - Ornatos Violeta, 1999)

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Mero desabafo, ao fim de um dia no facebook

por JQ, em 20.01.17

Aconteceu-me ontem uma coisa para mim digna da maior estranheza. Poucas horas após a minha rendição ao facebook mais de duas dezenas de pessoas manifestaram a vontade de serem meus amigos. Desenvolvo a minha noção de "estranheza": numa dúzia de anos de blogues senti diversos graus de proximidade com não mais de uma dúzia de bloggers; que eu tenha reparado, zanguei-me a sério com três (com quem me arrependi de não ter feito o bastante para manter alguma proximidade, mas, no fundo, uma média decente: uma zanga a cada 4 anos...).

Cheguei a pensar: bolas, não entendo esta gente cibernética ou de carne, osso e nervo; não acredito que tantos queiram ser meus amigos; isso só pode dever-se à máquina algorítmica do facebook, que leu a minha naturalidade e sugeriu dúzia e meia de contactos possíveis. Um senão nesse raciocínio: alguns nada tinham a ver com a minha cidadezinha natal.

Esta manhã, mais uma vez, P. esclareceu-me essa dúvida: "no Face, quando alguém quer ser teu amigo, alguém tem mesmo de fisicamente dedilhar uns enters para manifestar essa vontade".

Claro que, nas próximas horas, vou aceitar todos. Com ou sem aspas, não mantenho assim tantos amigos e seria prova de um absoluto mau feitio (caramba, eu não passo de um totó quase sempre bem intencionado) desdenhar o desejo de amizade seja de quem for.

Até me apetece telecomunicar para 350kms mais ao Norte: "Mãe, rendi-me ao Presente, fui para o facebook e, em poucas horas, re/descobri mais de duas dezenas de amigos. Visto isso, receio que no futuro próximo acabe por aderir ao teu fundamentalismo católico só para me sentir parte de um grupo mais numeroso. Bom, esquece mais esta blasfémia do teu filho mais novo; já reparaste que nestas igrejas e capelas de que falo a talha é quase sempre demasiado dourada?"

Foda-se: tenho a quase perfeita noção de que espero demasiado dos outros. Francamente: quase nenhum conforto espero de ninguém. Uma metáfora, uma vírgula num lugar incerto, oh caramba, quase todos são tão gentis. Sabem que mais?

- Eu não consigo sentir-me minimamente feliz. Quase tudo soando me vai tão insonso, quando não negativo. Foda-se, talvez o defeito seja meu... E daí, todos serão bem-vindos.

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My saddest definition of love

por JQ, em 19.01.17

oldie magazine facebook.png

 "Oldie Magazine" - um excerto do correio dos leitores

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Nada que deveras importe

por JQ, em 19.01.17

O "Livro de Caretas", no início, vai soando melhor do que um improvável "Livro de Namoradas". Concedam: quantas delas ou deles costumam perguntar: "em que estás a pensar?" e a quantas delas ou deles costumamos mentir com a verdade: "Nada de importante"? Bom, assim sendo, segue-se algo deveras irrelevante.

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"We´re like crystal, we break easy"

por JQ, em 18.01.17

Crystal - New Order, em 2001 ("Don't know what to say [you wouldn't care anyway]"

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Lamento

por JQ, em 18.01.17

Outros veriam nisso indício ou possibilidade de algum amor, mas eu sinto algo muito próximo do desconforto e da estranheza ao pressentir que alguém consegue ler-me por dentro. Nesse susto, respondo com os mais inócuos disparates, só para que o riso cumpra a sua função primordial: confortar o próximo, distanciando-o de algum Real mais avinagrado. Costumo fazê-lo sempre que gosto de alguém. Gostava de não acreditar nisto: ser transparente neste mundo costuma acabar bem mal. Chegado aí, qualquer um tenta driblar o dia-a-dia conforme puder. Essas fintas quase nunca resultam bem. Lamento. Este mundo não presta. Precisamos de outro um pouco mais benigno.

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Num qualquer manual de auto-ajuda

por JQ, em 18.01.17

 

Pete Tosh & Mick Jagger - Don't Look Back (não consigo, lamento, às vezes esquecer é mais difícil do que recordar)

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por JQ, em 18.01.17

(sempre grato, P.)

 

Quando eu morrer batam em latas,

Rompam aos saltos e aos pinotes,

Façam estalar no ar chicotes,

Chamem palhaços e acrobatas!

 

Que o meu caixão vá sobre um burro

Ajaezado à andaluza...

A um morto nada se recusa,

Eu quero por força ir de burro.

 

 

- Mário de Sá-Carneiro

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Reinaldo Q (20.11.1926 - 12.01.2017)

por JQ, em 12.01.17

Ceremony - versão dos New Order de um original dos Joy Division

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Cidadão português e, daí, cidadão do Mundo: Mário Alberto Nobre Lopes Soares

por JQ, em 11.01.17

Há décadas a responsabilidade pelas páginas de Necrologia dos jornais costumava caber aos estagiários ou aos mais inaptos para notícias de maior fôlego. Desde que me lembro de mim, sempre escapei, até com gripes encenadas, a funerais, alusões e conversas sobre a Morte e seus derivados. Contradição: ainda me fustigo ao distinguir em mim uma espécie de preferência por autores já defuntos. As minhas francas desculpas pela minha distracção/ignorância a quem ainda subvive, tentando renovar sons, imagens, palavras e ideias por aí fora, quando se segue mais um exercício necrológico:

 

Nunca votei em Soares nem no P.S., nem sequer na minha cidadezinha, de onde precisei sair para me aperceber de que, comparativamente a outras cidadezinhas com autarcas mais “imediatos”, o resultado foi bem melhor. Nas presidenciais de 1986, quando os meus pais foram votar "útil" em Soares, disse-lhes: "Não vou votar. Não confio em nenhum deles. Vocês, que até são mais portugueses do que eu, não conhecem os portugueses. Soares vai ganhar". Acertei por pouco...

 

Com o tempo, fui-me adaptando à certeza crescente de que a humanidade é diversa quanto baste para que sistemas de partido único não funcionem. Basta atentar nalguns sinais-ideias difundidos, p. ex., pelos governos da Hungria, da República Checa, da Polónia e de quase todos os governos bálticos para reparar que após tanta boca calada pelo medo e prateleiras vazias só poderia resultar uma deriva popular tipicamente da Direita mais idiota. Sim, se décadas sob partidos únicos, passivos afilhados de Moscovo, em que só o Ensino e a Saúde eram excepção, tivessem resultado, os votantes de Leste não seriam agora tão reaccionários.

 

Não funcionaram, a sério que não, e Soares ter-se-á apercebido disso antes de muitos (de mim também). Durante a minha infância, adolescência e juventude não me foram nada simpáticos os seus ziguezagues. Soavam-me àquela treta, ainda contemporânea, de tantos que, entre lugares-comuns, banalidades e contradições iam/vão repetindo as conveniências do momento. Uma atenuante em Soares: encostou-se aos norte-americanos, ao FMI e à alta finança, quando receou que aqui se instalasse um regime de partido único; acabou por debitar opiniões contra a corrente predominante, por vezes até mais radicais do que as do Bloco ou do PC, ao reparar na selvajaria neoliberal das últimas décadas.

 

Custou-me entendê-lo. O pragmatismo só profissionalmente é para mim um valor quase absoluto (contas por pagar, tecto e comida por assegurar... enfim, questões da mais básica sobrevivência). Mantenho, por natureza edipiana, alguma desconfiança em gente sempre bem-disposta, que parece sentir-se bem entre multidões. Ainda valorizo, como não?, a simpatia e a boa educação, mas não me bastam. Preciso acreditar nelas, pressenti-las sub-cutâneas.

 

Sem nunca ter conhecido mais do que a sua presença mediática, suspeito há anos que Soares terá tentado ser autêntico consigo próprio. Bastou-me isso para este exercício necrológico. Dêem-lhe um longo desconto por ser humano (até terá contribuído para que os últimos anos de Luiz Pacheco fossem menos desconfortáveis). Oh, quem me dera poder ser um pouco mais empático, um pouco mais comunicativo! Eu bem que gostava, mas não consigo. Enfim, guardem-me alguma condescendência por raramente conseguir ser tão Português quanto ele.

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Alguns riscos


Indícios?, por demais

um tremendo cansaço

de coisas feias, e daí

sons, diversos traços

caracteres alguns

de um rasto só


Algum tempo:


2017 Janeiro 2016 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro ; 2015 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro ; 2014 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro; 2013 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Fevereiro Janeiro; 2012 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho


Junho 2006/Junho 2012

(arquivos não acessíveis

via Google Chrome)


Algumas pessoas:


T ; José Carvalho da Costa, Francisco Q ; Alcino V, Vitor P ; José Carlos T, Fernando C, Eduardo F ; Paulo V, "Suf", Zé Manel, Miguel D, S, Isabel, Nancy ; Zé T, Marcelo, Faria, Eliana ; Isabel ; Ana C ; Paula, Carlos, Luís, Pedro, Sofia, Pli ; Miguel B ; professores Manuel João, Rogério, Fátima Marinho, Carlos Reis, Isabel Almeida, Paula Morão, Ivo Castro, Rita Veloso, Diana Almeida


Outros que, no exacto antípoda dos anteriores, despertam o pior de mim:


Demasiados. Não cabem aqui. É tudo gente discursivamente feia. Acendendo a TV ou ouvindo quem fora dela reproduz agendas mediáticas, entre o vómito e o tédio a lista tornar-se-ia insuportavelmente longa.


Uma chave, mais um chavão? A cultura popular do início deste séc. XXI fede !


joseqcarvalho@sapo.pt


Alguns nomes:


José Afonso ; 13th Floor Elevators, The Monks, The Sonics, The Doors, Jimi Hendrix, The Stooges, Velvet Underground, Love / Arthur Lee, Pink Floyd (1967-1972), Can, Soft Machine, King Crimson, Roxy Music; Nick Drake, Lou Reed, John Cale, Neil Young, Joni Mitchell, Led Zeppelin, Frank Zappa ; Lincoln Chase, Curtis Mayfield, Sly & The Family Stone ; The Clash, Joy Division, The Fall, Echo & The Bunnymen ; Ramones, Pere Ubu, Talking Heads, The Gun Club, Sonic Youth, Pixies, Radiohead, Tindersticks, Divine Comedy, Cornelius, Portishead, Beirut, Yo La Tengo, The Magnetic Fields, Smog / Bill Callahan, Lambchop, Califone, My Brightest Diamond, Tuneyards ; Arthur Russell, David Sylvian, Brian Eno, Scott Walker, Tom Zé, Nick Cave ; The Lounge Lizards / John Lurie, Blurt / Ted Milton, Bill Evans, Chet Baker, John Coltrane, Jimmy Smith ; Linton Kwesi Johnson, Lee "Scratch" Perry ; Jacques Brel, Tom Waits, Amália Rodrigues ; Nils Frahm, Peter Broderick, Greg Haines, Hauschka ; Franz Schubert, Franz Liszt, Eric Satie, Igor Stravinsky, György Ligeti ; Boris Berezovsky, Gina Bachauer, Ivo Pogorelich, Jascha Heifetz, David Oistrakh, Daniil Trifonov


Outros nomes:


Agustina Bessa Luís, Anna Akhmatova, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Bob Dylan, Boris Vian, Carl Sagan, Cole Porter, Daniil Kharms, Evgeni Evtuchenko, Fernando Pessoa, George Steiner, Gonçalo M. Tavares, Guy Debord, Hans Magnus Enzensberger, Harold Bloom, Heiner Müller, João MIguel Fernandes Jorge, John Mateer, John McDowell, Jorge de Sena, José Afonso, Jürgen Habermas, Kevin Davies, Kurt Vonnegut Jr., Lêdo Ivo, Leonard Cohen, Luís de Camões, Luís Quintais, Marcel Proust, Marina Tzvietaieva, Mário Cesariny, Noam Chomsky, Ossip Mandelstam, Ray Brassier, Raymond Williams, Roland Barthes, Sá de Miranda, Safo, Sergei Yessinin, Shakespeare, Sofia M. B. Andresen, Ted Benton, Vitorino Nemésio, Vladimir Maiakovski, Wallace Stevens, Walter Benjamin, W.H. Auden, Wislawa Szymborska, Zbigniew Herbert, Zygmunt Bauman


Algum som & imagem:


Avec élégance

Crazy clown time

Danse infernale

Dark waters

Der himmel über berlin

Forever dolphin love

For Nam June Paik

Gridlocks

Happy ending

Lilac Wine

L'heure exquise

LoopLoop

Materials

Megalomania

Metachaos

Nascent

Orphée

Sailing days

Soliloquy about...

Solipsist

Sorry, I'm late

Submerged

Surface

Their Lullaby

The raw shark texts

Urban abstract

Unter