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[ sons, imagens e palavras nada recomendáveis, deveras pouco legíveis em telemóveis "inteligentes" ]
Parece que o catraio presidente da Coreia do Norte terá ordenado, ontem ou anteontem, o lançamento de mais um míssil. Tal como acontece com as celebridades de todas as idades, não pode soltar um traque sem que todo o mundo mediático fale disso. Mesmo parecendo ou até sendo uma criança decerto mal mimada e irresponsável (raisparta o seu péssimo feitio, sempre a prometer porrada aos vizinhos), levantam-se-me três questões inexistentes mediaticamente (p.f. não as confundam com as de alguns do PCP, que ainda não conseguiram cortar o absurdo cordão umbilical com “amizades” do género ditatorial):
1- Será a Coreia do Norte o único país do planeta a testar mísseis?
2- Onde testarão os seus, provavelmente mais capazes, os norte-americanos, os chineses, os franceses, os iranianos, os britânicos, os paquistaneses, os israelitas, os indianos, etc. et al?
3- Sim, onde raio páram o Nuno Rogeiro, o Dr. Phil e outros especialistas na belicosidade humana na ausência de respostas a estas dúvidas?
Le vent nos portera - Noir Désir, 2001
Da minha página do "face": «Diz algo sobre isto...», a omnipresente questão do costume ainda actual (faltará muito para surgir uma plataforma mais inteligente do que esta bosta do "face" ?). Nem sei o que dizer desta meteorologia norte-africana, excepto: este calor é cinzento, definitivamente da cor das piores cinzas. Apetece-me atravessar o Mediterrâneo num K1 fora de prazo.
No entretanto, alguém aí mais ao Norte pode gritar à minha mãe para atender o raio do telefone? É que ela só liga uma coisinha auricular quando vai à missa (como eu a compreendo ao ouvir algumas músicas, mesmo que já distantes do meu gosto actual: )
White Rabbit, dos Jefferson Airplaine + excertos de Startrek
Imagino que o Goucha ou o Marcelo, o Baião ou o Costa tenham repetido hoje que isto vai de bom para melhor. Enfim, não sou exactamente um especialista sobre cogumelos, mas tudo isto, bolas, após tantos círculos, tantos becos sem saída aparente, continua actual. Reparem no vazio constante dos vossos bolsos materiais ou, quiçá, mais "espirituais".
Certo é que já não sei quem consumiu ou ainda vai consumindo cogumelos fora de prazo. Algum senso entre demasiada carne, algum juízo entre tão pouco, pode ainda valer? Desde que longe de qualquer vaidade, alguns filhos e alguma humanidade futura talvez nos agradeçam.
Há já alguns anos, John Cleese, um dos meus heróis da adolescência, parodiava sobre o canal História, servindo-se do “H” do ícone como se fosse de “Hitler”, dada a omnipresença de documentários sobre a 2ª guerra mundial. Essa e outras coisas televisivas foram gradualmente piorando. Hoje em dia, vistos alguns programas sobre ovnis e divindades, que, afinal, “seriam” extraterrestres, é impossível saber se o mesmo “H” corresponde a Hediondo ou a Hilariante. Na dúvida, decido-me por Hiperbóreo. Justifico:
- Às vezes, sobretudo diante de argumentação demasiado básica, fico na dúvida se muita gente, decerto bem-intencionada, não terá substituído a crença em divindades por outra talvez pior (porque desprovida de um senso ético-científico) em seres de outros planetas;
- Calma lá nisso, digo-me, é tão possível a existência de divindades como de extraterrestres. Sim, esta Hipótese põe-me em sentido, pois nunca terei tempo para conhecer de forma bastante este universo, Horrendo de tão imenso.
Trata-se uma série de programas sobre, dizem os autores, “o astronauta antigo”, ou seja, sobre ET’s que terão influenciado o nosso passado. Para além de alguns cortes de cabelo, deveras, só por si duvidosos, os seus autores têm-se revelado mestres da falácia.
1º Intercalam os seus disparates do costume com brevíssimos depoimentos de académicos, que, de tão banais e descomprometidos, não confirmam nenhuma das teses dos autores, só para, por “empréstimo”, tentar conferir alguma veracidade científica ao que o programa tenta vender.
2º Povoam o seu discurso de “what if…” (“E se isto for verdade/possível?...”) e outras retóricas aparentemente interrogativas, para, logo após, tirarem conclusões pouquíssimo fundamentadas sobre os clichés do costume: as pirâmides do Egipto, Stonehenge, alguns milagres da Bíblia, o diabo a 7, perto do "infinito" nº 8. Adiante.
Quanto a mim, a falácia revela-se sobretudo na sua interpretação de linguagens, quando se pressente que a sua leitura incoerente só pretende servir uma conclusão apressada. Habilidosos de esquina, interpretam passagens de livros, sagrados para povos desde a Antiguidade, como metáforas. Um só exemplo: se, na Bíblia, Daniel relata uma viagem num tapete voador, claro que o tapete era um disco voador, etc. et al...
Mas, se algumas pinturas rupestres e esculturas arcaicas parecem descrever seres com cabeças enormes, aí a sua interpretação é bem mais literal: são ET’s, mais o camandro e escafandros e capacetes espaciais...
Parecem não entender que, há milhares de anos, na ausência de tanta informação cada vez mais invasiva, o lugar da imaginação era muito vasto do que agora. Sirvo-me de prova da própria nomenclatura dos astros, da imaginativa descrição de "milagres", da maior beleza, decrescente a partir do séc. XX, de quase todas palavras, de quase toda a poesia...
P.f., não nasci ontem… bom, talvez anteontem, já demasiado velho para engolir argumentos mal escritos
L'Europe - Noir Désir, 2001 ( […] “Les roses de l'Europe sont le festin de Satan. Je répète : les roses de l'Europe sont le festin de Satan. […] Nous travaillons actuellement pour l'Europe. […] Chère vieille Europe, cher vieux continent, putain autoritaire, aristocrate et libertaire, bourgeoise et ouvrière, pourpre et pomponnée de grands siècles et colosses titubants. […] Les noces de sang incendient l'horizon. La vie commence maintenant, et maintenant, et maintenant. […] L'Europe est une petite déesse mortelle. […] L'enfance de l'art est un lever de soleil. Je répète : l'enfance de l'art est un lever de soleil. […] Nous travaillons actuellement pour l'Europe.”)
Sopas e descanso, o único desejo após ter caído na asneira de ler notícias por uma só hora – demasiado gelo e sangue e, claro, inanidades a rodos -, antes de desligá-las durante o fim-de-semana. As do MSN são obrigatórias, por conseguirem ser tão ou ainda mais idiotas do que as de qualquer tabloide. Ficam para outra altura, para quando me apetecer apalhaçar um pouco a minha “realidade”.
Ao invés, as do Google News ainda vão soando um poucochinho mais sérias. Numa delas, diz Stephen Hawking que, se quisermos sobreviver enquanto espécie, precisamos de encontrar outro planeta num prazo de 100 anos. Tudo bem, faz sentido.
Típica vítima do pior tédio, passe a ridícula presunção, já acredito nisso, numa escala reduzida, há décadas. Por isso, exceptuando o último, fui mudando de local de trabalho quase em cada par de anos. Bastava conhecer os cantos da casa, pressentir o que subjazia numa dificuldade crescente em saltar da cama, por quase adivinhar o que cada um iria dizer na manhã seguinte e fui mudando de paisagem - ala que se faz tarde.
Voltando a Hawkins, receio que ele tenha razão. Mais tarde ou cedo, vamos ser demasiados para os finitos recursos deste planeta. Se assim, for, para onde fugir? Há uns anos, Europa, uma das 4 luas de Júpiter, onde talvez ainda se possa encontrar uma possibilidade de vida submarina, pareceu-me um sítio algo possível. Depois encontrei fotos deprimentes: um oceano, por enquanto insondável, sob uma capa de gelo riscada por raios cor de sangue.
Desisti da ideia. Era mais do que uma lua, talvez a continuação do continente onde vivo. Daí a minha simpatia crescente por Plutão, um sítio recentemente despromovido e daí mais distante de atenções desconfortáveis, onde talvez seja possível viver entre alguma paz. Bom, no fundo é este o meu GPS actual: sopas e descanso quando possível; gelo e sangue, p.f., nunca mais!
CSS = Cansei de Ser Sexy (ora bolas, de novo uma enorme falta de assunto : ), desta vez com legendas. Correcção a modos que mal-intencionada, suspeitando do título: “ACHO UM POUCO BOM” talvez soasse mais exacto “ACHO DEVERAS MAL”.
Clicando num botanito no fundo mais à esquerda do clip talvez isso permita ler melhor uma das letras mais sociopatas alguma vez escritas em Português: “Hoje eu não vou sair de casa, hoje eu não vou pisar na rua… hoje eu não quero confusão… hoje eu vou ficar ouvindo música, hoje eu vou ficar aqui dançando, hoje eu vou ficar aqui na “minha”, eu vou ficar sozinha…” e assim por diante.
Seja isso o que é ou o que for, mais uma ilustração pop do que pode correr mal quando se tenta manter alguma sanidade, construindo impossíveis para sobreviver entre demasiada gente e demasiado ruído.
Love Plus One - Haircut 100, 1982
Parecendo que sim, este não vai ser mais “um post do meu umbigo”. Os pormenores pessoais limitam-se à pretensão de iludir a aparente superficialidade dos temas que mais me interessam: a Moral e a Estética (sim, logo à partida, dois territórios sempre em guerra). Adiante.
Já não cortava o cabelo desde Dezembro. A barba? Desde Vila do Conde, em Janeiro. Quase todas as manhãs um colega mais divertido cumprimentava-me com um “Olá, Moisés”. Outra, mais arisca (uma cinquentona que faz impossíveis para parecer mais jovem), perguntou-me há uns dias: “Isso é para durar? Você nem parece um funcionário público”. Apeteceu-me responder: “Oh que carago, o que raio tem você a ver com isso?”, mas Lisboa e a passagem do Tempo têm-me levado a ser mais condescendente. Só lhe disse: “Azar o seu. Fui escolhido num casting para um filme bíblico e agora não me deixam cortar os pêlos”. Claro que não entendeu a piadola sem graça. Mais valia tê-la mandado para uma parte feia qualquer. Enfim, além de uma reforma antecipada, ela não merece nenhuma maldade minha.
O meu barbeiro local, a 200 mts de casa, também faleceu em Janeiro. Um velhote exemplar, nada italiano, demasiado reservado até para o meu gosto. Bastou dizer-lhe uma vez o que queria: o mais banal possível; risca ao lado meio discreta; nada de poupas à frente nem demasiado em cima; atrás e dos lados vá desbastando o mais que puder. Para mim, funcionava durante 3 meses e isso para mim bastava.
Cheguei a experimentar um outro, 1 km mais abaixo. Um tipo talvez da minha idade, com uma grande poupa e suíças recortadas em bico, próximas do péssimo gosto capilar de Cristiano Ronaldo. Tudo bem, cada um tem o espelho que merece, mas o estupor da criatura, talvez possessa por pruridos artísticos demasiado pimba, quando eu lhe dizia “Corte mais assim ou assado”, demasiado amável respondia: “Mi disculpe, viu, eu é que sei o que lhe fica milhor”. Chiça, fervia por dentro ao deduzir que iria precisar de outro corte em 1 ou 2 meses, mas emudecia, pois de nada adianta encetar discussões com “artistas” desprovidos de dúvidas sobre a sua “arte”. Nunca lá mais voltei. Aquele “chapa-cara-viu” perdeu um cliente. Nada de grave nisso.
Uma breve explicação. De onde raio provêm as minhas “certezas” sobre o meu cabelinho e a minha aparência, que desejo o menos exuberantes possíveis? Em mil, nove e oitenta e poucos, atravessei uma (ainda bem) breve fase pseudo-punk ou pseudo-pós-punk. A sério que, nessa altura, não havia um barbeiro decente em VC e os do Porto cobravam escudos que eu preferia utilizar em “estéticas, hum, mais interiores”. Daí que, durante mais de vinte anos, fui aprendendo a aparar o meu próprio cabelo. As primeiras vezes foram catastróficas. De início, sobretudo atrás, algumas peladas embaraçosas. Quando fui viver com T. a sua colaboração no corte e a sua natural atenção aos detalhes compensou a minha ausência de retrovisores.
Já em Oeiras, passei a ir um salão próximo de casa, não demasiado caro (caramba, falo de pêlos, nada que mereça mais do que uma dúzia de euros). Dois homens e duas mulheres. Elas, não só nesta profissão, quase sempre bem mais competentes. A mais reservada, com feições duras, quase masculinas, era a minha preferida. Na outra, igualmente eficaz, só encontrei não um defeito, mas um feitio que minimamente me desagradou. Só à 3ª sessão se apercebeu da minha preferência pelo silêncio. Até aí (coitada, sou um monstro, ela só tentava comunicar), experimentou diálogos sobre temas para mim impossíveis: futebol, arbitragens, carros, multas de trânsito, aparentes excessos de zelo policiais. Claro que eu nada respondia. Tudo menos irritar uma mulher com uma navalha no nosso pescoço.
Hoje, finalmente, fui cortar barba e cabelo. Descobri na net uma barbearia a cerca de 2 kms de casa. Cheguei lá cerca das 17h00. Saí um par de horas depois. Mais de uma hora de espera, mas não me arrependi. Dois jovens barbudos irrepreensivelmente simpáticos (um com vinte e poucos, mais calado, e o dono, uma jóia extrovertida, talvez com trinta e poucos). Fiquei deveras bem impressionado com «a boa onda» de ambos. O à-vontade sem aspas com que sobretudo o dono comunicava com os clientes e com a toda a gente (desde crianças a velhotes), que passava à sua porta, derreteram-me. Vida de bairro, suponho. Mesmo com uma tesoura próxima das orelhas ou uma navalha no pescoço, foi-me impossível não sorrir nalguns momentos mais bem-dispostos. Eles repararam e meteram-se comigo. Adorei. Nem parecia a pior Lisboa que eu conheço do meu trabalho. Fim de tarde perfeito na barbearia do Zé Nunes, em Alcântara.
Indícios?, por demais
um tremendo cansaço
de coisas feias, e daí
sons, diversos traços
caracteres alguns
de um rasto só
Algum tempo:
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Algumas pessoas:
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Outros que, no exacto antípoda dos anteriores, despertam o pior de mim:
Demasiados. Não cabem aqui. É tudo gente discursivamente feia. Acendendo a TV ou ouvindo quem fora dela reproduz agendas mediáticas, entre o vómito e o tédio a lista tornar-se-ia insuportavelmente longa.
Uma chave, mais um chavão? A cultura popular do início deste séc. XXI fede !
joseqcarvalho@sapo.pt
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