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O meu presépio

por JQ, em 06.01.17

 

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 Vila do Conde - Dezembro 2016

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De Miguel Barcelos a 11.01.2017 às 01:08

Viva, José! O teu presépio faz-me lembrar o presépio açoriano. Não porque sejam parecidos, mas porque o presépio açoriano inclui muitos elementos comuns às antigas vilas tradicionais dos Açores. Ainda que o teu não tenha, o açoriano tem a cena da natividade metida algures numa vila açoriana do séc. XVIII ou XIX. Vale a pena ver. Podem ser bastante grandes e elaborados. No entanto, gosto da simplicidade do teu.
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De JQ a 11.01.2017 às 14:04

Viva, Miguel! Grato pelo apreço pelo "meu" presépio desprovido das figuras mais icónicas nos presépios tradicionais. Para minha surpresa, até a minha mãe (de cujo presépio por minutos raptei aquela meia dúzia de músicos), fundamentalista católica (se protestante, talvez fosse baptista:) achou graça à minha "blasfémia". Claro que também fotografei o seu, pleno de figuras secundárias de uma pastorícia que já não existe por cá. Achei-lhe graça por ela ter colocado um fundo de "musgo" plástico verde. Não o publico não por iconoclastia, mas por ignorância técnica de como tornar uma foto banal numa recriação minha (pruridos estéticos, mais uma vez:).


Grato pela informação sobre presépios tipicamente açorianos, de que desconhecia essa especificidade. Certamente que os haverá, mas nos Açores (que visitei e adorei há mais uma década) e nos poucos açorianos que conheci nunca  pressenti algo de nocivo. Há uma década, porque acolhidos por amigos lá residentes, tivemos a sorte de privar com ilhéus e, generalizando, apercebi-me de um quase feliz misto de rudeza e simpatia, de ingenuidade e confiança no próximo, típicas do Portugal "salazarento", que em Lisboa e no Ocidente mais urbano acho que se foi perdendo nos últimos 30-40 anos.


Ei, não mantenho quase nenhumas saudades da "pobreza franciscana" de então, mas ainda sou "macaco". Ainda valorizo "the kindness of strangers" (Marylin Monroe dixit) e conhecer seja quem for, que à partida não desconfia de mim. Segue-se um semi-disparate:


O maior abraço para ti
Independência para os Açores! :))) 

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Indícios?, por demais

um tremendo cansaço

de coisas feias, e daí

sons, diversos traços

caracteres alguns

de um rasto só


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Outros que, no exacto antípoda dos anteriores, despertam o pior de mim:


Demasiados. Não cabem aqui. É tudo gente discursivamente feia. Acendendo a TV ou ouvindo quem fora dela reproduz agendas mediáticas, entre o vómito e o tédio a lista tornar-se-ia insuportavelmente longa.


Uma chave, mais um chavão? A cultura popular do início deste séc. XXI fede !


joseqcarvalho@sapo.pt


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